TEMÁTICA DO BLOG

Este blog não tem qualquer finalidade religiosa, mas sim artística, histórica e cultural de um dos cemitérios mais famoso do mundo, o Cimetière du Père-Lachaise de Paris. A metodologia geral será a historia do cemitério, as celebridades nele sepultadas, a arte arquitetônica e escultural dos túmulos e mausoléus, bem como algumas curiosidades presentes.

HISTÓRIA DO CEMITÉRIO

O cemitério do Père-Lachaise é o maior cemitério de Paris e um dos mais famosos do mundo. Está situado no vigésimo arrondissement da capital francesa.

No início do século XIX, vários novos cemitérios substituíram as antigas necrópoles parisienses. Fora dos limites da cidade foram criados o cemitério de Montmartre a norte, o cemitério do Père-Lachaise a leste, o cemitério de Montparnasse a sul e, no coração da capital, o cemitério de Passy.

A concepção do Père-Lachaise foi confiada ao arquiteto neoclássico Alexandre Théodore Brongniart em 1803 e, desde sua abertura, o cemitério conheceu cinco ampliações: em 1824, 1829, 1832, 1842 e 1850, passando de 17 hectares a 43 hectares

O cemitério recebeu sua denominação em homenagem a François d'Aix de La Chaise(1624-1709), dito le Père La Chaise (o padre La Chaise), confessor do reiLuís XIV da França, sobre quem exerceu influência moderadora na luta contra o jansenismo.

Em 21 de maio de 1804, o cemitério foi oficialmente aberto para uma primeira inumação; a de uma pequena menina de cinco anos. Todavia, os parisienses não aceitavam de bom grado a necrópole, localizada distante do centro numa zona de difícil acesso. Esta situação só mudaria quando para lá foram transferidas ossadas de importantes personalidades, apaziguando as críticas da elite parisiense.

Ao sul do cemitério se encontra o muro dos Federados, contra o qual 147 dirigentes da Comuna de Paris foram fuzilados em 28 de maio de1871.

VISITA VIRTUAL

Conheça o Cemitério virtualmente, é só clicar e viajar pelas dependências de um dos Cemitérios mais famoso do mundo, usando os seguintes recursos:

1 - Visão panarâmica em 360°, é só seguir a seta e fará um tour pelas alamedas do cemitério.

2- Indice das Sepulturas: Distribuidos em ordem alfabética, é só clicar e escolher a personalidade ali sepultada, o mapa indicará com uma cruz o exato local onde se encontra. Poderá também pesquisar o nome.

3 - Poderá também ser pesquisado pelo nome no sistema de "procura"

4 - Mapa com toda a discriminação das ruas existentes.

5 - Relação das divisões a que pertence a sepultura

6 - O sistema tem "zoom", onde poderá aumentar os mapas.

O BLOG ESTÁ SENDO REFORMATADO

domingo, 26 de abril de 2020

JANUÁRIA DE BRAGANÇA - Arte Tumular - 088 - Cimetière du Perè-Lachaise, Paris, França


FILHA DE D.PEDRO I
Januária do Brasil
Casa de Bragança
Ramo da Casa de Avis
11 de março de 1822 – 18 de março de 1901
Precedida por
D. Pedro de Alcântara
COA Imperial Prince of Brazil (alternative).svg
Princesa Imperial do Brasil
30 de outubro de 1835 – 8 de maio de 1845
Sucedida por
D. Afonso Pedro



ARTE TUMULAR
Base tumular  retangular em mármore de formato retilíneo com o seu nome e datas gravados. Na cabeceira tumular ergue-se, também em mármore uma cruz latina.

Local: Cimetière du Perè-Lachaise, Paris, França
            Divisão 90
Foto: pt.wikipedia.org
Descrição tumular: Helio Rubiales
Januária
Princesa Imperial do Brasil
Condessa de Áquila
Retrato por Arnaud Pallière, c. 1830–1840
MaridoLuís Carlos, Conde de Áquila
DescendênciaLuís
Maria Isabel
Filipe
Germana
Mário
CasaBragança (nascimento)
Bourbon-Duas Sicílias (casamento)
Nome completoJanuária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga
Nascimento11 de março de 1822
Paço de São CristóvãoRio de JaneiroBrasil
Morte18 de março de 1901 (79 anos)
NiceFrança
EnterroCemitério do Père-LachaiseParisFrança
PaiPedro I do Brasil
MãeMaria Leopoldina da Áustria
ReligiãoCatolicismo
Brasão

PERSONAGEM
Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança, Condessa d'Áquila e Princesa do Brasil (Princesa Imperial entre 1835 e 1845) (Rio de Janeiro, 11 de março de 1822 — Nice, 13 de março de 1901), era filha do imperador Dom Pedro I e da imperatriz Dona Leopoldina, irmã de Dom Pedro II, imperador do Brasil, e de Dona Maria II, rainha de Portugal.
Morreu aos 79 anos.



SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Nascida no Rio de Janeiro, no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, D. Januária nasceu com a sua mãe, a Imperatriz D. Leopoldina, em pé, pendurada ao pescoço do marido, o Imperador D. Pedro I. A princesa foi batizada aos 18 de março de 1822 na Capela Imperial e foi cognominada posteriormente "Princesa da Independência".

A princesa D. Januária cresceu ao lado dos irmãos D. Pedro II, D. Paula Mariana e D. Francisca de Bragança. Seu nome foi escolhido por seu pai como forma de homenagear a província do Rio de Janeiro. D. Januária, nasceu apenas um mês depois do falecimento do príncipe D. João Carlos de Bragança.

Perdeu a mãe com quatro anos de idade e viu o pai partir para Portugal com a madrasta e a irmã mais velha aos nove. Cresceu sob educação extremamente rigorosa.

PRINCESA IMPERIAL
Com a abdicação de D. Pedro I em 1831 e imediata mudança para a Europa para reconquistar a coroa portuguesa para sua primogênita (Dona Maria da Glória), a sucessão do trono brasileiro precisava ser modificada. Foi expedida pela Assembleia dos Deputados uma lei nomeando D. Januária como Princesa Imperial do Brasil.
O regente, padre Diogo Antônio Feijó, disse apenas que aceitava o documento em nome da Princesa Imperial.

No dia 4 de agosto de 1836, D. Januária (então com 14 anos de idade) entrou no salão do paço do senado, trazendo um rico vestido de ouro sobre o qual se divisava a insígnia da Grã Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro e, na presença dos deputados, com a mão sobre o missal, declarou solenemente com voz comovida:

 Juro manter a religião Católica, Apostólica, Romana; observar a Constituição Política da Nação Brasileira e ser obediente às leis e ao Imperador. 

Desta forma, D. Januária tornou-se Princesa Imperial do Brasil (herdeira do trono), até o nascimento do príncipe Afonso, filho de seu irmão D. Pedro II.

CAMPANHA PARA REGENTE
Em 1836, o governo regencial entrou em crise e, nessa época D. Januária entrou em cena, pois era a filha mais velha do imperador Pedro I. Alguns deputados liberais moderados passaram a defender que a regência fosse entregue à princesa D. Januária, irmã de D. Pedro II e Princesa Imperial do Brasil, então com quatorze anos, para que ela pudesse assumir a regência, mas a ideia não foi adiante, logo as rédeas do governo foram retomadas.

CASAMENTO
Na época que se procurava uma esposa para o imperador D. Pedro II, seu irmão, procurava-se um marido para a princesa D. Januária, já com 20 anos. Seu casamento foi negociado, assim como o de D. Pedro II, com o Reino das Duas Sicílias: os dois irmãos casaram-se com dois irmãos.

A cerimônia se realizou no Rio de Janeiro em 28 de abril de 1844: casou-se com Luís Carlos, Conde de Áquila, príncipe do Reino das Duas Sicílias, filho do rei D. Francisco I e irmão da princesa D. Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, que se casaria com D. Pedro II. A mãe de Luís Carlos, Conde de Áquila, a infanta Maria Isabel de Bourbon, era tia-avó de Januária, por ser irmã de Carlota Joaquina da Espanha (avó paterna de Januária). Por isso, Luís Carlos era primo direto de D. Pedro I, pai de Januária. O casal teve cinco filhos.

Aquando de seu casamento, de acordo com o artigo 2º se garantia que mesmo com o nascimento dos filhos do imperador dom Pedro II do Brasil o casal gozaria da honra de serem tratados por Sua Alteza Imperial.

 ''Art. II. Logo que se verifique o matrimonio, Sua Alteza Real o Príncipe D. Luiz Carlos Maria, Conde d'Aquila, esposo de Sua Alteza Imperial a Princesa Imperial do Brasil D. Januária Maria, será considerado como Príncipe da casa e da Família Imperial do Brasil, e gozará de todos os direitos e prerrogativas que pela Constituição do Império competem a tais Príncipes. Tomará o título de Príncipe Imperial, que atualmente pertence á sua futura Augusta Esposa; quando, porém, Sua Majestade o Imperador tiver descendência, os dois Augustos Esposos tomarão o titulo de Príncipe e Princesa do Brasil, conservando com tudo o Tratamento de Alteza Imperial.''

DESCENDÊNCIA
De Luís Carlos, Conde de Áquila, príncipe do Reino das Duas Sicílias, teve:
- Luís Maria Fernando Pedro de Alcântara Francisco de Assis Januário Francisco de Paula Afonso Luís de Gonzaga Camilo de Lellis Alexis Raimundo Turilo Sebastião Filomeno, conde de Áquila e de Roccaguglielma (Nápoles, 18 de julho de 1845 – Nice, 27 de novembro de 1909), casado morganaticamente com Maria Amelia Isabel Bellow-Hamel y Penot (1847-1914), com descendência.

-Maria Isabel Leopoldina Amélia (Nápoles, 22 de julho de 1846 – Nápoles, 14 de fevereiro de 1859), sepultada na Basílica de Santa Clara;

-Filipe Luís Maria (Nápoles, 12 de agosto de 1847 – Paris, 9 de julho de 1922), casado morganaticamente com Flora Böonen (1847-1912), sem descendência;

-Germana e um gêmeo natimorto (Nápoles, 1848), sepultados na Basílica de Santa Clara;

-Mário Emanuel Sebastião Gabriel (Nápoles, 24 de janeiro de 1851 – Nápoles, 26 de janeiro de 1851), sepultado na Basílica de Santa Clara.

MORTE
D. Januária, Condessa d'Áquila, faleceu em Nice, no dia 13 de março de 1901, aos 79 anos, sendo a última filha de D. Pedro I e da imperatriz Leopoldina a falecer, encontrando-se sepultada no jazigo dos Condes de Áquila, no Cemitério de Père-Lachaise.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação:Helio Rubiales

sábado, 30 de novembro de 2019

MICHEL LEGRAND - Arte tumular - 087 - Cimetière du Père Lachaise Paris City of Paris Île-de-France, France




Pianista, arranjador e compositor francês. 



ARTE TUMULAR
Base tumular em formato retangular revestido com cerâmica com cerca de 1,50 ms. de altura. Na base central uma placa de mármore negro com o seu nome datas gravados em dourado.
Local: Cemitière du Père-Lachaise, Paris, France
           Divisão: 44
Fotos: 
Descrição tumular: Helio Rubiales

Michel Legrand
Nascimento24 de fevereiro de 1932
Paris
Morte26 de janeiro de 2019 (86 anos)
Neuilly-sur-Seine
Sepultamentocemitério do Père-Lachaise
CidadaniaFrança
Filho(s)Eugénie Angot
Irmão(s)Christiane Legrand, Benjamin Legrand
Alma materConservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris
Ocupaçãomaestro, compositorator, cantor, pianista, arranjador musical, músico de jazz, roteirista, compositor de bandas sonoras, diretor de cinema
PrêmiosOrdem do Distintivo de Honra, Prêmio da Academia de Melhor Trilha Sonora Original, Oscar de Melhor Trilha Sonora Original, Comandante da Legião de Honra
Causa da mortesepse
Página oficial
http://www.michellegrandofficial.com
PERSONAGEM
Michel Legrand (Paris, 24 de fevereiro de 1932 - Paris, 26 de janeiro de 2019) foi um pianista, arranjador e compositor francês.
Morreu aos 86 anos.



SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Construiu sua carreira compondo para o cinema. São dele as trilhas sonoras de Lola, Les Misérables, Prêt-à-Porter, Les Demoiselles de Rochefort, Les Parapluies de Cherbourg, Summer of '42, Une femme est une femme (Uma mulher é uma Mulher), La piscine, entre outras.

O jazz também é marcante em sua carreira. Desde 1958, liderou bandas que contavam com alguns dos maiores nomes do segmento, como Miles Davis, John Coltrane, Bill Evans e Herbie Mann. Compôs para álbuns de Stan Getz (1971), Sarah Vaughan (1972) e Phil Woods - em várias ocasiões. Vários músicos de jazz regravaram canções de Legrand, como What Are You Doing the Rest of Your Life, Watch What Happens e The Summer Knows.

Em 2004, a Biscoito Fino lançou Homenagem a Luiz Eça, em que o pianista francês presta um tributo ao músico brasileiro. O CD foi gravado nos estúdios da Biscoito Fino.

PRÊMIOS
Recebeu o Oscar de melhor banda sonora pelos filmes Summer of '42 e Yentl. Recebeu o Oscar de melhor canção original pela canção The Windmills of Your Mind do filme The Thomas Crown Affair.

MORTE
Morreu em consequência de uma septicemia.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales