Januária do Brasil Casa de Bragança Ramo da Casa de Avis 11 de março de 1822 – 18 de março de 1901 | ||
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Precedida por D. Pedro de Alcântara | Princesa Imperial do Brasil 30 de outubro de 1835 – 8 de maio de 1845 | Sucedida por D. Afonso Pedro |
Divisão 90
Foto: pt.wikipedia.org
Descrição tumular: Helio Rubiales
Januária | |
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Princesa Imperial do Brasil Condessa de Áquila | |
Retrato por Arnaud Pallière, c. 1830–1840 | |
Marido | Luís Carlos, Conde de Áquila |
Descendência | Luís Maria Isabel Filipe Germana Mário |
Casa | Bragança (nascimento) Bourbon-Duas Sicílias (casamento) |
Nome completo | Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga |
Nascimento | 11 de março de 1822 |
Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Brasil | |
Morte | 18 de março de 1901 (79 anos) |
Nice, França | |
Enterro | Cemitério do Père-Lachaise, Paris, França |
Pai | Pedro I do Brasil |
Mãe | Maria Leopoldina da Áustria |
Religião | Catolicismo |
Brasão |
PERSONAGEM
Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança, Condessa d'Áquila e Princesa do Brasil (Princesa Imperial entre 1835 e 1845) (Rio de Janeiro, 11 de março de 1822 — Nice, 13 de março de 1901), era filha do imperador Dom Pedro I e da imperatriz Dona Leopoldina, irmã de Dom Pedro II, imperador do Brasil, e de Dona Maria II, rainha de Portugal.
Morreu aos 79 anos.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Nascida no Rio de Janeiro, no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, D. Januária nasceu com a sua mãe, a Imperatriz D. Leopoldina, em pé, pendurada ao pescoço do marido, o Imperador D. Pedro I. A princesa foi batizada aos 18 de março de 1822 na Capela Imperial e foi cognominada posteriormente "Princesa da Independência".
A princesa D. Januária cresceu ao lado dos irmãos D. Pedro II, D. Paula Mariana e D. Francisca de Bragança. Seu nome foi escolhido por seu pai como forma de homenagear a província do Rio de Janeiro. D. Januária, nasceu apenas um mês depois do falecimento do príncipe D. João Carlos de Bragança.
Perdeu a mãe com quatro anos de idade e viu o pai partir para Portugal com a madrasta e a irmã mais velha aos nove. Cresceu sob educação extremamente rigorosa.
PRINCESA IMPERIAL
Com a abdicação de D. Pedro I em 1831 e imediata mudança para a Europa para reconquistar a coroa portuguesa para sua primogênita (Dona Maria da Glória), a sucessão do trono brasileiro precisava ser modificada. Foi expedida pela Assembleia dos Deputados uma lei nomeando D. Januária como Princesa Imperial do Brasil.
O regente, padre Diogo Antônio Feijó, disse apenas que aceitava o documento em nome da Princesa Imperial.
No dia 4 de agosto de 1836, D. Januária (então com 14 anos de idade) entrou no salão do paço do senado, trazendo um rico vestido de ouro sobre o qual se divisava a insígnia da Grã Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro e, na presença dos deputados, com a mão sobre o missal, declarou solenemente com voz comovida:
Desta forma, D. Januária tornou-se Princesa Imperial do Brasil (herdeira do trono), até o nascimento do príncipe Afonso, filho de seu irmão D. Pedro II.
CAMPANHA PARA REGENTE
Em 1836, o governo regencial entrou em crise e, nessa época D. Januária entrou em cena, pois era a filha mais velha do imperador Pedro I. Alguns deputados liberais moderados passaram a defender que a regência fosse entregue à princesa D. Januária, irmã de D. Pedro II e Princesa Imperial do Brasil, então com quatorze anos, para que ela pudesse assumir a regência, mas a ideia não foi adiante, logo as rédeas do governo foram retomadas.
CASAMENTO
Na época que se procurava uma esposa para o imperador D. Pedro II, seu irmão, procurava-se um marido para a princesa D. Januária, já com 20 anos. Seu casamento foi negociado, assim como o de D. Pedro II, com o Reino das Duas Sicílias: os dois irmãos casaram-se com dois irmãos.
A cerimônia se realizou no Rio de Janeiro em 28 de abril de 1844: casou-se com Luís Carlos, Conde de Áquila, príncipe do Reino das Duas Sicílias, filho do rei D. Francisco I e irmão da princesa D. Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, que se casaria com D. Pedro II. A mãe de Luís Carlos, Conde de Áquila, a infanta Maria Isabel de Bourbon, era tia-avó de Januária, por ser irmã de Carlota Joaquina da Espanha (avó paterna de Januária). Por isso, Luís Carlos era primo direto de D. Pedro I, pai de Januária. O casal teve cinco filhos.
Aquando de seu casamento, de acordo com o artigo 2º se garantia que mesmo com o nascimento dos filhos do imperador dom Pedro II do Brasil o casal gozaria da honra de serem tratados por Sua Alteza Imperial.
''Art. II. Logo que se verifique o matrimonio, Sua Alteza Real o Príncipe D. Luiz Carlos Maria, Conde d'Aquila, esposo de Sua Alteza Imperial a Princesa Imperial do Brasil D. Januária Maria, será considerado como Príncipe da casa e da Família Imperial do Brasil, e gozará de todos os direitos e prerrogativas que pela Constituição do Império competem a tais Príncipes. Tomará o título de Príncipe Imperial, que atualmente pertence á sua futura Augusta Esposa; quando, porém, Sua Majestade o Imperador tiver descendência, os dois Augustos Esposos tomarão o titulo de Príncipe e Princesa do Brasil, conservando com tudo o Tratamento de Alteza Imperial.''
DESCENDÊNCIA
De Luís Carlos, Conde de Áquila, príncipe do Reino das Duas Sicílias, teve:
- Luís Maria Fernando Pedro de Alcântara Francisco de Assis Januário Francisco de Paula Afonso Luís de Gonzaga Camilo de Lellis Alexis Raimundo Turilo Sebastião Filomeno, conde de Áquila e de Roccaguglielma (Nápoles, 18 de julho de 1845 – Nice, 27 de novembro de 1909), casado morganaticamente com Maria Amelia Isabel Bellow-Hamel y Penot (1847-1914), com descendência.
-Maria Isabel Leopoldina Amélia (Nápoles, 22 de julho de 1846 – Nápoles, 14 de fevereiro de 1859), sepultada na Basílica de Santa Clara;
-Filipe Luís Maria (Nápoles, 12 de agosto de 1847 – Paris, 9 de julho de 1922), casado morganaticamente com Flora Böonen (1847-1912), sem descendência;
-Germana e um gêmeo natimorto (Nápoles, 1848), sepultados na Basílica de Santa Clara;
-Mário Emanuel Sebastião Gabriel (Nápoles, 24 de janeiro de 1851 – Nápoles, 26 de janeiro de 1851), sepultado na Basílica de Santa Clara.
MORTE
D. Januária, Condessa d'Áquila, faleceu em Nice, no dia 13 de março de 1901, aos 79 anos, sendo a última filha de D. Pedro I e da imperatriz Leopoldina a falecer, encontrando-se sepultada no jazigo dos Condes de Áquila, no Cemitério de Père-Lachaise.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação:Helio Rubiales